26-Jun-2018
A crise dos refugiados na Europa marcou a atualidade em 2015, gerou um grande debate mundial e tornou-se num tema que nunca mais saiu da agenda mediática e política. Tendo por base o papel desempenhado pelo jornalismo na modelação de perceções, esta dissertação de mestrado procurou identificar as melhores práticas de cobertura jornalística para as crises de refugiados. Com vista a um modelo editorial, foi projetada uma secção autónoma a ser integrada num periódico online, na qual se conjugam vários elementos: de atualidade, de explicação, de pendor humano e de contextualização da temática em causa, utilizando-se os diversos recursos da multimedialidade e do hipertexto. Para alcançar tal objectivo, foi divulgado um questionário para saber qual a opinião do público face à cobertura feita pelos média portugueses. Foi também analisada a cobertura dos periódicos Observador e Público, no campo online, pelo período de uma semana. Através da análise do questionário e da análise de conteúdo, revelaram-se falhas na cobertura a vários níveis, nomeadamente na especialização dos conteúdos, na explicação e contextualização das peças, na falta de um maior comprometimento dos jornalistas com os direitos humanos, entre outros aspectos. O trabalho procurou, assim, colmatar as lacunas verificadas no tratamento de um assunto que, atendendo à existência de grandes movimentos migratórios pelo mundo, está longe de se esgotar. Saiba mais aqui.