Esta publicação apresenta uma análise exploratória da população de nacionalidade estrangeira residente em Portugal, baseada nos resultados dos Censos 2021.
Procurou-se caracterizar este grupo populacional nas suas diversas dimensões, nomeadamente ao nível demográfico, socio-económico, mercado de trabalho, bem como os aspetos relativos ao enquadramento familiar e condições habitacionais.
Esta publicação constitui o segundo número da série de estudos publicada pelo INE, no âmbito dos Censos 2021, que procura explorar algumas das temáticas censitárias mais relevantes ao nível da população, dos agregados familiares e da habitação.
Estes foram alguns dos dados apurados:
• Residiam em Portugal 542 165 pessoas de nacionalidade estrangeira, representando 5,2% do total da população residente.
• A população de nacionalidade brasileira era a mais representativa, totalizando 36,9% do total de estrangeiros.
• Na última década, alterou-se ligeiramente o grupo das nacionalidades mais representativas, com o reforço dos nacionais de países asiáticos e da União Europeia e o decréscimo da representatividade das nacionalidades dos PALOP.
• A Área Metropolitana de Lisboa e o Algarve concentravam a maioria da comunidade estrangeira em proporção da população aí residente.
• Os estrangeiros residentes no país eram maioritariamente mulheres (51,0%).
• A idade média da população estrangeira era de 37,3 anos, valor mais baixo que o obtido para a população de nacionalidade portuguesa.
• O ensino secundário/pós-secundário era o nível de escolaridade mais representativo na população estrangeira (39,6%).
• Mais de 68% da população de nacionalidade estrangeira (dos 15 aos 64 anos) era economicamente ativa e 60,5% encontrava-se empregada.
• O trabalho constituía a principal fonte de rendimento da população estrangeira, sendo “trabalhador da limpeza” a profissão mais representada. O Comércio era a atividade económica que empregava mais população estrangeira.
• A proporção de estrangeiros a exercer a profissão como empregador/patrão era de 14,3%, valor superior ao da população portuguesa.
• A proporção de população estrangeira que vivia em estruturas familiares do tipo agregado com um núcleo familiar de casal com filhos era de 41,7%, sendo este o enquadramento familiar mais representado.
• 44,5% da população estrangeira vivia em núcleos familiares com 1 filho e 38,3% em núcleos com 2 filhos.
• A maioria da população estrangeira residente em Portugal habitava em alojamentos arrendados (58,0%).
• Cerca de 37,7% da população estrangeira residia em alojamentos sobrelotados.
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